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EM 23 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 13:39

Raquel Lyra e Gilberto Kassab: Um Encontro Político Sem Novidades

Na manhã de ontem, no Recife, a governadora Raquel Lyra, do PSD, trouxe o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, de São Paulo, para apresentar um novo apoio a sua candidatura nas eleições de 2026. O movimento parece ter sido uma tentativa de Raquel de reafirmar sua posição política diante do avanço do prefeito João Campos, do PSB, que está ganhando apoio entre prefeitos que antes não a apoiavam.

No entanto, o que aconteceu foi apenas uma repetição de informações já conhecidas. Todos os prefeitos que se filiavam ao PSD já estavam, na verdade, alinhados com a governadora. Um exemplo é Diego Cabral, recém-eleito em Camaragibe com o suporte de João Campos, que, surpreendentemente, anunciou sua mudança para o PSD em menos de 100 dias de seu mandato, sendo acusado de traição.

A situação também envolveu a ex-prefeita Nadegi Queiroz e seu filho, o deputado João de Nadegi, ambos já aliados de Raquel. A mudança de filiação de Cabral causou descontentamento dentro de seu antigo partido, o Republicanos, onde sua saída resultou em uma baixa significativa.

Outra adesão destacada foi a do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, que deixou o PL, mas já estava próximo a Raquel desde 2023. Sua esposa, Andrea Medeiros, também se filiou ao PSD, consolidando o afastamento do grupo em relação ao ex-prefeito Anderson Ferreira.

Além disso, o prefeito de Santa Cruz da Baixa Verde, Dr. Ismael, foi mais um nome anunciado como um novo apoio ao PSD. Porém, a realidade é que sua contribuição ao cenário político parece limitada, considerando que o apoio já existia em outras circunstâncias.

Essa dinâmica política levanta questionamentos sobre a eficácia da estratégia da governadora em fortalecer seu palanque eleitoral. Recentes declarações de prefeitos de partidos adversários, como a prefeita de Jupi e o prefeito de Xexéu, revelam que há mudança nas alianças políticas, com apoio em favor de João Campos, refletindo que a política em Pernambuco está em constante movimento.

A governadora encara um cenário onde a insatisfação de seus aliados é crescente, principalmente em relação ao seu desempenho em pesquisas. A presença de Kassab no ato foi vista como um esforço para animar seus companheiros, que estão desmotivados.

Em paralelo, Raquel também reatou relações com figuras do bolsonarismo, como o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, e seu irmão, o deputado André Ferreira, numa tentativa de fortalecer sua posição. Isso indica um alinhamento com o espectro político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

No âmbito da saúde, a governadora enfrentou críticas sobre a privatização da Compesa, que é vista por muitos como um erro político. O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, argumentou que essa estratégia pode resultar em altas nas tarifas para os consumidores, uma preocupação que reflete insatisfação popular.

Por fim, na política nacional, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS se prepara para convocar Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, hijo do presidente, em meio a alegações de fraudes. O relator da comissão enfatizou a importância da convocação, destacando que ninguém está acima da lei.

Em resumo, o encontro de Raquel Lyra e Gilberto Kassab pode ter servido para movimentar o cenário político em Pernambuco, mas os efeitos práticos e a capacidade de atrair novos aliados para a governadora são questionáveis, especialmente com as recentes desavenças e incertezas no cenário eleitoral.

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