Leão é agora um dos nomes mais comuns entre os papas, empatado na quarta posição com Clemente. Apenas João, Gregório e Bento foram escolhidos com mais frequência ao longo da história da Igreja Católica. No entanto, não temos um papa com o nome Leão há mais de cem anos.
O último papa que usou esse nome foi Leão XIII, que nasceu em 1810, em uma Roma sob ocupação francesa. Seu papado durou de 1878 até sua morte em 1903, totalizando 25 anos, o que o torna o quarto mais longo da história da Igreja. Ele é lembrado principalmente por suas contribuições à doutrina social católica e por uma carta importante escrita em 1891. Nesta carta, Leão XIII abordou as transformações trazidas pela Revolução Industrial e discutiu as condições de trabalho de milhares de operários.
A escolha do nome Leão pelo novo papa, que agora é chamado de Leão XIV, pode indicar suas prioridades e o foco de seu papado. O primeiro papa Leão, que atuou no século V, é conhecido como “Leão, o Grande”. Ele ganhou destaque por ter persuadido Átila, o Huno, a interromper sua invasão e evitar a destruição do Império Romano.
Esse encontro histórico foi marcado por uma famosa pintura de Rafael, que retrata o momento da negociação entre Leão, o Grande, e Átila. A obra está exposta no Palácio Apostólico do Vaticano, que foi o local por onde passaram os 133 cardeais votantes, incluindo Robert Prevost, agora Leão XIV, antes de seguirem para a Capela Sistina para o início do conclave.
O nome Leão tem origem no latim e simboliza força e coragem. Em seu primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, o novo papa fez referência ao seu antecessor, Francisco, destacando a importância de continuar ouvindo “a voz fraca, mas sempre corajosa”, que ele representa.