quinta-feira, 13 de novembro de 2025
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Dor no quadril ao caminhar ou correr: quais exames fazer

EM 6 DE NOVEMBRO DE 2025, ÀS 11:25
Dor no quadril ao caminhar ou correr: quais exames fazer
Dor no quadril ao caminhar ou correr: quais exames fazer

Entenda as causas comuns, quais exames pedem os médicos e como se preparar para descobrir por que a dor no quadril atrapalha sua caminhada ou corrida.

Sentir dor no quadril ao caminhar ou correr é mais comum do que você imagina. Pode ser um incômodo leve que some com descanso ou um sinal de algo que precisa de tratamento. O problema é que várias estruturas podem causar essa dor: articulação, músculos, tendões, nervos ou a coluna.

Neste texto eu vou explicar, em linguagem simples, quais exames costumam ser solicitados pelos profissionais. Também vou mostrar uma ordem prática para investigar a dor, quando cada exame é indicado e como se preparar. Assim você chega na consulta já sabendo o que pedir e o que esperar.

O que este artigo aborda:

Por que a dor aparece ao caminhar ou correr

A caminhada e a corrida aumentam a carga no quadril. Isso pode revelar lesões que ficam ocultas no repouso. Em corredores, o impacto repetido favorece problemas de tendões e bursas. Em quem caminha muito, a sobrecarga e a postura podem gerar dor.

Algumas causas comuns são artrose, tendinite, bursite, impacto femoroacetabular e problemas na coluna lombar que irradiam para o quadril. Cada causa pede exames diferentes para confirmar o diagnóstico.

Exames clínicos iniciais: o que o médico faz primeiro

Antes de pedir exames de imagem, o médico faz a avaliação clínica. Isso inclui história detalhada e exame físico. Perguntas sobre início da dor, localização, progressão e atividades que pioram ajudam a guiar os exames.

O médico também avalia amplitude de movimento, pontos de dor ao toque, força muscular e a forma de andar. Esses sinais já apontam para hipóteses específicas e evitam pedidos desnecessários.

Exames de imagem indicados

Veja os exames de imagem mais usados para investigar dor no quadril ao caminhar ou correr. Cada um tem uma função.

  • Raio-X: Primeiro passo para avaliar ossos e artrose. Mostra desalinhamentos, perda de espaço articular e esporões.
  • Ressonância magnética: Ideal para visualizar cartilagens, tendões, bursas e lesões musculares. Excelente para identificar impacto femoroacetabular e lesões labrais.
  • Ultrassom: Bom para avaliar bursas e tendões em tempo real. É útil quando a dor é provocada por movimentos específicos.
  • Tomografia computadorizada: Indicada quando há dúvida sobre fraturas, alterações ósseas complexas ou para planejamento cirúrgico.

Quando escolher cada exame

Se o objetivo é ver a articulação e checar artrose, comece pelo raio-X. Para dor persistente sem alterações no raio-X, a ressonância é o próximo passo. Ultrassom é prático quando se suspeita de bursite ou tendinopatia e permite comparar lado a lado.

Exames complementares e de função

Nem toda dor é puramente estrutural. Às vezes, exames funcionais ajudam a entender a causa.

  • Teste de força e biomecânica: Avalia desequilíbrios musculares que podem causar dor.
  • Mapeamento postural: Ajuda a identificar alterações que sobrecarregam o quadril.
  • Eletroneuromiografia: Indicada quando há suspeita de compressão nervosa que irradia para a região.

Exames laboratoriais

Os exames de sangue não são rotineiros para dor mecânica, mas são úteis em alguns cenários. Quando há sinais de inflamação generalizada, febre ou início súbito, o médico pode pedir hemograma, PCR e outros marcadores inflamatórios.

Se houver suspeita de artrite reumatológica, exames específicos como fator reumatoide ou anticorpos anti-CCP podem ser solicitados.

Sequência prática: quais exames fazer primeiro

  1. Avaliação clínica: História e exame físico para definir hipóteses.
  2. Raio-X do quadril: Primeira imagem para avaliar ossos e espaço articular.
  3. Ultrassom: Se houver suspeita de tendinite ou bursite e avaliação dinâmica for necessária.
  4. Ressonância magnética: Quando o raio-X não explica a dor ou há suspeita de lesão de partes moles.
  5. Exames funcionais e laboratoriais: Conforme suspeita clínica ou para investigação de causas não mecânicas.

Quando procurar um especialista

Procure ajuda médica se a dor for intensa, persistente por mais de duas semanas, limitar suas atividades ou vier acompanhada de inchaço e febre. Dor que irradia para a perna ou causa fraqueza também exige avaliação rápida.

Em muitos casos, o médico do esporte ou o ortopedista é o profissional indicado. Se necessário, ele encaminha para fisioterapia, reumatologia ou cirurgia. Você pode começar sua busca por um consultório ortopédico para avaliação e exames.

Como se preparar para os exames

Leve os exames anteriores, se tiver. Anote como e quando a dor aparece e quais atividades pioram ou aliviam. Isso ajuda o médico a interpretar resultados.

Para ressonância, informe se tem próteses ou marca-passos. Para raio-X, não é necessário jejum. Para ultrassom, às vezes é útil usar roupas que facilitem o acesso ao quadril.

Exemplos reais para entender melhor

Exemplo 1: João, corredor amador, sentia dor na região lateral do quadril ao correr longas distâncias. O raio-X saiu normal. O ultrassom mostrou bursite trocantérica. Tratamento com fisioterapia e ajuste da técnica resolveu o problema.

Exemplo 2: Maria, 55 anos, tinha dor ao caminhar curta distância e rigidez matinal. Raio-X mostrou redução do espaço articular, confirmando artrose. A ressonância ajudou a planejar o tratamento conservador com exercícios e, no futuro, avaliação para prótese se necessário.

Dicas rápidas para aliviar enquanto investiga

  • Descanso relativo: Evite atividades que provoquem dor intensa.
  • Gelo: Aplicar por 15 minutos após atividade ajuda a reduzir inflamação.
  • Alongamento e fortalecimento: Exercícios específicos para glúteos e core ajudam a estabilizar o quadril.

Descobrir a causa da dor no quadril ao caminhar ou correr depende de uma boa avaliação clínica e dos exames certos. Comece com história e raio-X, complemente com ultrassom ou ressonância conforme a suspeita, e inclua exames funcionais quando necessário. Se a dor limitar suas atividades, procure um especialista e siga as orientações de tratamento. Aplique as dicas e agende seus exames para avançar no diagnóstico e voltar a se movimentar sem dor.

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