Tragédia em Piancó: Atropelamento Abala a Comunidade
Em Piancó, na Paraíba, uma tragédia ocorreu na manhã do dia 5 de agosto de 2024. Dona Rizolene, uma mulher que caminhava tranquilamente por uma rua vazia, foi atropelada por um veículo dirigido por Djailton Henrique Virgulino. Djailton não tinha habilitação para dirigir e, segundo relatos, não prestou socorro à vítima após o acidente. Imagens do local mostram a falta de remorsos por parte do motorista.
Rizolene não sobreviveu ao atropelamento, e seu filho expressou sua tristeza ao dizer: “Eu fiquei órfão. Parece que matar compensa. Parece que a lei ajuda quem erra”. A família da vítima ficou revoltada com os desdobramentos do caso.
Djailton foi detido no dia seguinte ao acidente e passou 26 dias na prisão. Após isso, foi liberado por meio de um habeas-corpus. Inicialmente, ele era acusado de homicídio qualificado, mas a acusação foi alterada para homicídio culposo, à luz das circunstâncias do acidente. O juiz levou em consideração a fadiga do motorista e decidiu que não havia intenção de matar. Apesar de ter reconhecido a omissão de socorro, a pena imposta foi de dois anos e dez meses, que foi substituída por prestação de serviços à comunidade. Essa decisão gerou indignação entre os familiares de Rizolene.
Este caso levanta um alerta sobre os riscos de dirigir sem habilitação. Em 2024, a Polícia Rodoviária Federal registrou 1.070 acidentes com motoristas não habilitados, resultando em 1.074 mortes. Especialistas afirmam que a falta de habilitação demonstra a ausência de treinamento e responsabilidade, aumentando os perigos nas estradas.
Em resposta à situação, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou mudanças para facilitar a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e reduzir custos. No entanto, a fiscalização ainda é insuficiente, o que mantém milhões de motoristas sem habilitação nas estradas, colocando a vida de muitos em risco.