Vera Fischer Recorda Momentos Marcantes de “Laços de Família”
A atriz Vera Fischer revisitou um dos episódios mais memoráveis da novela “Laços de Família”, produzida em 2000 e escrita por Manoel Carlos. Durante sua participação no programa “As Helenas de Manoel Carlos”, ela compartilhou detalhes sobre uma cena crucial entre sua personagem, Helena, e Edu, interpretado por Reynaldo Gianecchini. Essa cena, que envolvia uma grande intimidade, gerou muito buzz na época e continua sendo discutida até hoje.
Vera ressaltou que a química entre ela e Gianecchini foi fundamental para a realização daquela sequência. Segundo ela, desde os primeiros dias de gravação, eles estabeleceram uma conexão que ajudou a criar um ambiente de confiança. A atriz lembrou que, no início da carreira, Gianecchini enfrentava algumas inseguranças e, por isso, ela o incentivou: “Deixa, vai comigo”, contou Vera.
A gravação em si foi cuidadosamente preparada para garantir conforto aos atores. O diretor, Ricardo Waddington, decidiu esvaziar o estúdio, uma medida que visava proporcionar um ambiente mais tranquilo, dado o nível de intimidade da cena. “Ficamos praticamente sem roupa”, explicou Vera, detalhando como a atmosfera foi conduzida para permitir que os atores se entregassem completamente ao momento.
O impacto da cena foi tão forte que, ao final, os poucos membros da equipe que presenciaram as filmagens exclamaram: “Uau!”. Vera destacou a intensidade do trabalho, afirmando que a entrega emocional e corporal foi determinante para a força da cena, fazendo com que parecesse quase real.
Sobre sua relação com a nudez artística, Vera Fischer afirmou que nunca teve problemas em lidar com esse aspecto de sua profissão. Ela creditou essa liberdade a sua educação familiar, mencionando suas raízes alemãs. “Desde cedo, aprendemos que o corpo é o corpo, e o sexo é o sexo. Andávamos muito nus em casa, não havia problema. Por isso, nunca tive dificuldade em tirar a roupa para compor meus personagens”, declarou a atriz.
Com essa reflexão, Vera Fischer não só recorda um capítulo marcante de sua carreira, mas também traz à tona questões sobre a arte e a naturalidade do corpo humano na dramaturgia.