A partir deste domingo, 14 de dezembro, até 20 de dezembro, acontece o 16º Festival de Cinema de Triunfo, promovido pelo Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico do Estado. O evento trará uma programação variada que inclui exibições de filmes pernambucanos e nacionais, além de diversas atividades educativas, como oficinas, workshops e masterclasses. O objetivo é promover o diálogo entre diferentes públicos e ressaltar o cinema como um meio de reflexão e transformação social.
Com o tema “No Sertão, o cinema já nasceu encantado”, esta edição busca explorar narrativas que evidenciam a cultura e as vivências do sertão brasileiro. O festival contará com seis mostras diferentes, abrangendo categorias como longa-metragem nacional, curta e média-metragem nacional, curta e média-metragem pernambucano, infantojuvenil, filmes dos Sertões e obras experimentais. Serão exibidas produções de ficção, documentários, animações e videoclipes realizados entre 2023 e 2025.
Entre os filmes em destaque, o longa “Originárias”, de Marcília Cavalcante Barros, abrirá a mostra nacional, apresentando uma narrativa importante sobre vozes indígenas e femininas que frequentemente são silenciadas. Outro filme que se destaca é “Timidez”, de Susan Kalik e Thiago Gomes Rosa, que trata das complexidades das relações humanas. O festival será encerrado com o longa “Gravidade”, de Leo Tabosa, uma produção pernambucana que promete uma experiência envolvente e misteriosa.
As mostras de curtas e médias-metragens irão trazer uma diversidade de histórias do sertão e do restante do país. O filme “Pé de Chinelo”, dirigido por Cátia Cardoso, e a videodança “Afluir”, de Gabi Holanda, são exemplos dessa variedade. O documentário “Ô Celina, Ô Celina – Biu Neguinho” retrata a vida de um importante mestre do samba de coco em Arcoverde, enquanto a ficção “Boiuna”, de Adriana de Faria, mistura mitologia amazônica com temas de resistência feminina.
O festival também apresenta obras como “Encruza”, que discute o sincretismo religioso no Sertão Central, e “Noé da Ciranda”, de João Marcelo, que destaca a vibrante cultura popular de Pernambuco. O filme “Jamary”, de Begê Muniz, leva os espectadores a um passeio pela floresta amazônica e suas lendas.
Cada sessão do festival foi pensada como uma experiência única, com títulos como “As encantarias movem os olhos do cinema” e “Toda terra guardará nossas vozes”. Além das exibições, entre os dias 16 e 19 de dezembro, ocorrerão diversas atividades formativas, incluindo o workshop “Territórios de afetos”, voltado à discussão de narrativas negras e LGBTQIAP+ no Sertão. Também serão oferecidas oficinas sobre elaboração de projetos culturais em quilombos, uma masterclass focada no novo cinema indígena e uma oficina dedicada à revitalização dos cinemas de rua.
Uma programação especial chamada “Cinemas de Brincar” será realizada na Praça do Avião nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, a partir das 19h, com filmes voltados ao público infantil e produções de comunidades indígenas e quilombolas. O Festival de Cinema de Triunfo promete ser uma rica imersão na cultura e na produção audiovisual do sertão e do país.